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SÍNDROME DO IMPOSTOR: quando me sinto uma fraude

  • Foto do escritor: Cecilia do Nascimento
    Cecilia do Nascimento
  • 14 de out. de 2020
  • 4 min de leitura

Ainda no contexto de falar sobre autoconhecimento e a importância de olhar para dentro e reconhecer aquilo que nos têm feito mal sem nós percebermos, para então aprender a lidar com isso, trago nesse post um assunto muito importante que incomoda muitas pessoas – inclusive a mim – mas ainda não aprendemos a lidar com ele.


Você já sentiu que não merecia suas conquistas? Que não tem a capacidade necessária para alcançar seus objetivos? Já se pegou pensando se você é realmente bom naquilo que faz ou se só esteve se enganando o tempo todo? Se a resposta for sim em algumas dessas perguntas, talvez você esteja sofrendo com a chamada síndrome do impostor.


O que é


Síndrome do impostor é o nome dado ao sentimento, por vezes constante, que uma pessoa tem em relação a si mesma e que a faz pensar que é uma fraude, ter insegurança com as próprias conquistas e/ou habilidades e se colocar para baixo, dando espaço à autossabotagem e até para transtornos psicológicos mais graves.


A síndrome do impostor não é um transtorno psicológico/psíquico que requer diagnóstico, por isso pode ser encontrada em diversos casos, ser constante, ou aparecer só de vez em quando.


Um exemplo prático que posso dar para vocês é a minha própria experiência. Sou escritora há bastante tempo, de livros à artigos e escrevo para uma revista digital. Quando entrei nela, fiquei muito feliz com a conquista e me senti bem com minha habilidade de escrita. Porém, quando a síndrome do impostor dá as caras, me faz pensar que talvez eu não seja tão boa assim, talvez só tenham me escolhido por engano, chego a pensar até que a revista não é tão séria e escalam qualquer pessoa para escrever nela só para diminuir minha capacidade.


Absurdo, né? Pois é o que a síndrome do impostor faz.


Infográfico Síndrome do Impostor por Medicina.UFMG

Como reconhecer


Gosto de tratar de assuntos como este no blog pois sei que informação é o primeiro passo para qualquer coisa. Talvez você sofra com a síndrome do impostor, mas nunca ouviu falar sobre e anda acreditando em tudo que seu inconsciente inseguro te conta. Além da informação, é claro, há sempre a importância de procurar a ajuda de um profissional.


Esse fenômeno pode nos atingir na área profissional, acadêmica e até emocional, afetando a forma como nos relacionamos com as pessoas. Então, se você reconhecer alguns dos sinais a seguir, talvez você também seja vítima dele.


O primeiro sinal é a vontade constante de tentar demais. Isso acontece pois ao nos sentirmos inferiores, respondemos colocando mais e mais esforço em nós mesmos, nos cobrando de uma forma que não é nada saudável. O oposto também pode ser verdadeiro, somos impelidos a tentar de menos, pois não acreditamos que valha a pena e queremos evitar a suposta decepção. A autossabotagem (quando nos impedimos de viver coisas boas pelo medo de dar errado), insegurança e a constante busca pela aprovação dos outros também são sinais gritantes da síndrome do impostor.


O que faremos então?


O que fazer, então, quando me sinto uma fraude?


Sentir insegurança é, infelizmente, inevitável. Não conseguimos ainda descobrir uma fórmula para não ser inseguro com nada, nunca (Espero que um dia alguém descubra!). Mas até lá, podemos aprender sobre as coisas que nos deixam inseguros para lidar melhor com elas.


Em primeiro lugar, se acostume com a ideia de que você é merecedor(a) de coisas boas! Ouvimos tanta coisa negativa todos os dias, tem tanta coisa ao nosso redor – padrões de beleza, padrões de vida – que nos faz sentir inferiores. Isso não pode tomar lugar nos nossos pensamentos! Mude suas ideias para dizer a si mesmo as coisas boas que você merece ouvir.


Outra forma de lidar com esse sentimento de fraude é a paciência, pois agir com pressa, de forma precipitada, pode nos fazer tomar decisões ruins. No momento do nervosismo, da tristeza e da ansiedade, temos a tendência de acreditar em tudo o que ouvimos de ruim e piorar mil vezes a situação, até virar uma avalanche que nos derruba. Tendo paciência, a gente aprende a parar para pensar, analisar e ver afinal se era tudo aquilo mesmo.


Eu já oscilei entre o tentar demais (Vivia reescrevendo meus textos mil vezes pois não achava nada que eu fazia bom), e o tentar de menos (Decidir parar de escrever de vez), mas hoje busco respeitar o meu tempo. Alguns dias, escrevo mais e deixo a criatividade fluir, em outros, não tenho vontade de escrever nada e decido não me forçar.


Não se force! Respeite seu tempo!


E por fim, valorize sua caminhada. Se lembre de onde você estava ontem, até chegar no hoje. Quando você analisar e relembrar cada passo que te trouxe até aqui, vai perceber que merece sim reconhecimento e grandes conquistas, e o sentimento de fraude não pode tirar isso de você!


Que nós possamos acreditar mais em nós mesmos, pois sempre haverá dúvidas, mas só eu sei quem sou de verdade. Só você sabe quem é de verdade. Só nós conhecemos nosso esforço, nossas habilidades e o tamanho do universo que carregamos no peito. Se lembre disso quando se sentir uma fraude: você é único(a) e carrega um lindo universo no peito!


Espero que esse post tenha feito você aprender mais sobre o que é síndrome do impostor e na próxima vez que acontecer com você, você se lembre dos conselhos que leu aqui.


Não esquece de compartilhar o texto com alguém que precisa ler!

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